sexta-feira, 22 de novembro de 2019

AS ELEIÇÕES PARA O CRCRJ - 2015 a 2019 QUE SURJAM NOVAS LIDERANÇAS!



AS ELEIÇÕES PARA O CRCRJ - 2015 a 2019
QUE SURJAM NOVAS LIDERANÇAS!
Por Raimundo Aben Athar

O resultado das três últimas eleições para o plenário de conselheiros da classe contábil no Estado do Rio de Janeiro é revelador. Vejamos as figuras de 01 a 03
·       Em 2015, renovação de 1/3 do plenário, com 03 chapas e 16 candidatos por chapa. Dos 57.257 profissionais registrados, 50,2% (28.743 profissionais), ou votaram em branco, ou não foram ou estavam impedidos de comparecerem às urnas. Somente 19% dos eleitores elegeram a chapa vencedora.
·       Em 2017, renovação de 2/3 do plenário, com 03 chapas e 32 candidatos por chapa. Dos 55.040 profissionais registrados, 47,4% (26.089 profissionais) ou votaram em branco, ou não foram ou estavam impedidos de irem às urnas. 32% dos eleitores elegeram a chapa vencedora.
·       Em 2019, renovação de 1/3 do plenário, com chapa única, 16 candidatos. Dos 54.061 profissionais registrados, 59,4% (32.112 profissionais) NÃO votaram na única chapa que concorria.
A inadimplência é muito alta, é verdade, mas será somente este o único motivo para tão baixa aderência à entidade que registra e fiscaliza o profissional contábil no Rio de Janeiro? Você sabia que FISCALIZAR é a principal função dos Conselhos que regulamentam profissões?
Tanto Sindicatos, quanto os SESCON(s), Federações etc, desde que as contribuições deixaram de ser obrigatórias, não possuem mais recursos em seus cofres, vivem agora de eventos, de encontros, de festas, de patrocínios, enfim. Os CRC(s) ainda não, mas se a anuidade, por exemplo, deixar de ser obrigatória, quantos profissionais continuaram pagando?
Questão fundamental a ser discutida: Qual é a percepção da classe sobre os Conselhos de Contabilidade? Qual é a percepção de valor para a classe? Precisamos, é óbvio, discutir isso.
No Rio de Janeiro, em 2019, deverão ser quase R$ 27,0 milhões arrecadados em receitas correntes (vide portal da transparência), das quais, 20% ou R$ 5,4 milhões deverão ser remetidos ao Conselho Federal. Mais: Desta sobra, de R$ 21,6 milhões, quase 60% deverá ser usado para o CRCRJ honrar despesas com pessoal (salários + benefícios + encargos). Logo, sobrarão pouco mais de R$ 8,6 milhões para os demais custeios (luz, telefone, condomínio, etc), para a promoção da fiscalização, para a realização dos cursos gratuitos, para as representações em viagens, diárias, passagens, para as aquisições de estandes em eventos e etc.
Um detalhe importante, somente com as anuidades, em 2019, potencialmente, a arrecadação deveria ser próxima de R$ 32,0 milhões. Na verdade, deverá ser de pouco mais ou de quase R$ 23,0 milhões.
Até outubro, segundo o portal de transparência, éramos cerca de 54,0 mil profissionais com registros ativos, dos quais, por volta de 5,0 mil profissionais, possuem mais de 70 anos e não pagam anuidade, logo sobram cerca de 49 mil profissionais registrados, os quais, por lei, devem pagar anuidades. Além dos profissionais, há cerca de 5,0 mil empresas contábeis, as quais, também devem pagar anuidades. Muita gente e muitas empresas para serem representadas, não é mesmo?
Não sabemos quem somos, donos ou trabalhando em escritórios micros, pequenos, médios e grandes? Quantos Contadores Públicos? Quantos Contadores de empresas privadas médias e grandes? Quantos Peritos? Quantos Auditores?
Não se iludam, enquanto estivermos sob o império da lei, é a democracia, com a política em seu bojo, que pode promover as mudanças que queremos ou a manutenção de tudo como está. 
Os números não mentem: Parece existir um círculo vicioso em cada eleição: Os mesmos pedem votos e os mesmos votam. 
É muito profissional que abre mão de participar das decisões, as quais, ao fim e ao cabo vão impactar diretamente a profissão que este mesmo profissional exerce.
Tomara que em 2021 surjam novas lideranças que possam trazer a classe para comparecer às urnas, às plenárias e participar das decisões que efetivamente representem os anseios dessa maioria.

                                 Figura 1

                                      Figura 2



                                                             Figura 3



terça-feira, 12 de novembro de 2019

A CONTABILIDADE NO RIO DE JANEIRO PRECISA DE NOVAS LIDERANÇAS


A CONTABILIDADE NO RIO DE JANEIRO

PRECISA DE NOVAS LIDERANÇAS

Por Raimundo Aben Athar

De 65% a 70% dos conselheiros eleitos para o CRCRJ concorrem seguida ou alternadamente e são recorrentemente eleitos pela classe contábil deste Estado

Vem aí novas eleições para renovação de 1/3 do Conselho e parece que nada mudará. Chapa única com vários integrantes que estão ou já estiveram no CRCRJ.

A questão, se este fato é bom ou é ruim, é outro mérito, a questão que se discute aqui é que a classe contábil precisa participar mais. Duvida? Vejamos o porquê:

Nas duas últimas eleições, para renovação de 1/3 do plenário em 2015 e para renovação de 2/3 em 2017, ocorreu (vide figuras 1 e 2 abaixo):

a)              Em 2015, com 48 candidatos, distribuídos em 03 chapas, 81% de 57.257 profissionais de Contabilidade, NÃO votaram na chapa vencedora. Ou seja, apenas 19% da classe contábil elegeu aquele grupo.

b)              Em 2017, com 96 candidatos, distribuídos em três chapas, 68% de 55.040 profissionais de Contabilidade, NÃO votaram na chapa vencedora. Ou seja, 32%, menos de 1/3 dos eleitores, votaram na chapa vencedora. 

Este aumento de votantes na chapa vencedora de 19% em 2015 para 32% em 2017, é explicado talvez, mais pelo dobro de candidatos ( de 48 para 96 candidatos) do que propriamente por outro motivo.

O que estes fatos estão a indicar?  Nas duas últimas eleições, a chapa vencedora ganha e “governa” para minorias convertidas e são estas minorias que vão às urnas manifestar sua intenção.

Como, entre 65% e 70% dos candidatos estão no CRCRJ há 10/15/20/25 anos e sempre “pedem” seu voto, está explicado o motivo para tão baixa renovação, pois os “mesmos” pedem voto e os “mesmos” votam nas “mesmas” pessoas.

Em 2019, ocorrerá a renovação de 1/3 do plenário, a chapa é única, não há oposição, mas você terá a chance de VOTAR e COBRAR de TODO o plenário as mudanças que você, por ventura, almeja.

Em 2021, haverá renovação de 2/3 de um plenário de 24 conselheiros efetivos e 24 suplentes, que tal você, profissional de Contabilidade deste Estado começar a pensar que você pode ser um futuro conselheiro e construir um novo tempo? Participe, desde já, em primeiro lugar, votando em 2019 e depois, vindo as plenárias, reclamando na ouvidoria, aplaudindo lá também, só assim construiremos um mundo melhor, uma representação mais plural, mais democrática, uma Contabilidade melhor...

                               Figura 1

                              Figura 2